sexta-feira, 1 de maio de 2009

CFPBio (Curso de Formação Política em Biologia)

Um comentário:

  1. Entidade Nacional de Estudantes de Biologia

    - Carta de Princípios -


    1. Discordamos de qualquer sistema sócio-econômico que seja baseado na exploração

    insustentável sobre a vida, na exploração do ser humano pelo ser humano, na privatização

    e mercantilização dos recursos naturais, pessoas e valores, como é no sistema capitalista,

    e lutamos pela superação desse modelo.


    2. Buscamos uma eqüidade social, encampando lutas por um sistema justo e sustentável

    para todas/os.


    3. Somos contra o individualismo e acreditamos na organização coletiva como forma de

    superação das nossas contradições sociais.


    4. Defendemos a utilização autônoma dos meios de produção pela classe trabalhadora.


    5. Defendemos uma mídia democrática, transparente, e instigadora de uma consciência crítica

    e popular. Que não sirva de instrumento de dominação ideológica e não comercialize

    informações e modelos.


    6. Assumimos o movimento estudantil como movimento social por objetivar a construção de

    um novo projeto de sociedade, em parceria com os demais movimentos populares, sem

    ferir nossa identidade e nossos princípios, nossa liberdade, nossa autonomia e pautas

    estudantis.


    7. Defendemos uma formação de todas/os as/os biólogas/os fundamentada nos princípios

    éticos de respeito à vida.

    8. Reconhecemos o ser humano como integrante da natureza e agente transformador da

    mesma.


    9. Reconhecemos, frente ao cenário de destruição da biosfera pelo ser humano, a

    responsabilidade desse pela manutenção e restauração da biodiversidade.


    10. Objetivamos o uso sustentável dos recursos naturais, assim como o resgate e a

    valorização das culturas tradicionais de respeito à Terra.


    11. Afirmamos a não dissociação das problemáticas social, ambiental e econômica.


    12. Defendemos a autonomia e soberania das comunidades sobre sua cultura e ambiente que

    ocupam ou que historicamente lhes cabe, sob uma lógica de convivência harmônica que

    possibilite não só a conservação do espaço como também a manutenção da comunidade

    de forma digna.


    13. Lutamos pelo fim da concentração fundiária, a fim de atender a uma distribuição igualitária

    das terras na qual todas/os tenham acesso ao uso sustentável dessas.


    14.Defendemos a disseminação e o desenvolvimento de técnicas e práticas de manejo, a

    partir de meios de produção coletivizados, que respeitem os ecossistemas locais e a

    biodiversidade natural, e que estejam voltadas para as reais necessidades das

    comunidades, tal como a Agroecologia.

    15. Defendemos a educação pública, gratuita, laica, socialmente referenciada e de qualidade,

    com caráter emancipatório e transformador.


    16. Defendemos o acesso e a permanência dignas para todas/os nas instituições de ensino.


    17. Defendemos a implementação de políticas públicas que garantam o acesso e a

    permanência de grupos sociais historicamente desfavorecidos.


    18. Defendemos o ensino voltado para a formação de sujeitos críticos e atuantes, que

    possibilite a construção e a prática de metodologias participativas e que busque a

    integração dos conhecimentos numa perspectiva totalizante.


    19. Defendemos uma formação que leve o indivíduo a refletir e a atuar conforme as reais

    necessidades do seu meio social, e que garanta que cada um contribua de acordo com as

    suas possibilidades e seja atendido segundo as suas necessidades.


    20.Defendemos a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.


    21. Acreditamos que a diversidade entre os seres humanos deve ser respeitada. Entendemos

    o respeito à diversidade como a livre expressão e manutenção de tradições e costumes de

    uma dada sociedade, desde que essa livre expressão não tenha como conseqüência a

    opressão de outras tradições e costumes.


    22. Somos contra o processo de naturalização de toda e qualquer forma de opressão, seja ela

    de classe, origem nacional, gênero, etnia, religião, orientação sexual e política.


    23. Não a mercantilização das relações humanas.

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